Última alteração: 2018-07-24
Resumo
Jadson Lima Jesus da Silva (UESC)[1]
Inara de Oliveira Rodrigues (DLA/UESC)[2]
Jds.limaios@hotmail.com
O filme estadunidense A princesa e o sapo (2009), baseado no conto infantil europeu O rei sapo (1998), tem suscitado discussões desde seu ano de lançamento, uma vez que, é colocado em questão o modo como a população negra norte-americana é estereotipada na obra cinematográfica; além disso, a problemática maior gira em torno de como essa narrativa fílmica contribui para a perpetuação de um olhar preconceituoso sobre as mulheres negras numa sociedade branca e androcêntrica. Por meio de estudo comparativo das referidas obras, temos o objetivo de sinalizar nesta pesquisa de caráter bibliográfico, como a primeira princesa negra da Disney, Tiana, é retratada em relação à princesa branca da mesma história narrada na literatura europeia. Para tanto, apoiamo-nos em estudos de Diana Lichtenstein e Mário Corso (2007); Azevedo (2014), Adichie (2014). Como resultado principal da análise, apontamos aspectos que comprovam as diferenças estabelecidas entre as duas protagonistas: enquanto a princesa europeia é fadada ao “felizes para sempre”, Tiana enfrenta as longas jornadas de trabalho como garçonete, nutrindo a esperança de transcender dentro de um contexto no qual ela é duplamente subordinada, primeiro como mulher, e segundo como mulher negra.
[1] Graduando do VI semestre de Letras-Inglês da UESC e Professor voluntário do curso de extensão Dinamizando a língua inglesa na UESC.
[2] Doutora em Teoria Literária pela PUC-RS, Professora dos cursos de graduação e dos Mestrados profissional PROFLETRAS e Acadêmico: Linguagens e Representações da UESC. E-mail: inarabr@uol.com.br